quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Brasil é o quarto em número de mortes por acidente do trabalho

O país perde apenas para China, Estados Unidos e Rússia.

De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que, desde 2003, adotou 28 de abril como Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, ocorrem anualmente 270 milhões de acidentes de trabalho em todo o mundo. Aproximadamente 2,2 milhões deles resultam em mortes. No Brasil, segundo o relatório, são 1,3 milhão de casos, que têm como principais causas o descumprimento de normas básicas de proteção aos trabalhadores e más condições nos ambientes e processos de trabalho.

Segundo o estudo da OIT, o Brasil ocupa o 4º lugar em relação ao número de mortes, com 2.503 óbitos. O país perde apenas para China (14.924), Estados Unidos (5.764) e Rússia (3.090).

Na década de 1970, o Brasil registrava uma média de 3.604 óbitos para 12.428.826 trabalhadores. Nos anos 1980, o número de trabalhadores aumentou para 21.077.804 e as mortes chegaram a 4.672. Já na década de 1990, houve diminuição: 3.925 óbitos para 23.648.341 trabalhadores.

O Anuário Estatístico da Previdência Social de 2006, último publicado pelo INSS, mostra que número de mortes relacionadas ao trabalho diminuiu 2,5%, em relação ao ano anterior. Entretanto, os acidentes de trabalho aumentaram e ultrapassaram os 500 mil casos.

Dados dos Ministérios do Trabalho e Emprego e Previdência Social de 2005 mostram que as áreas com maior número de mortes são Transporte, Armazenagem e Comunicações, com sete óbitos entre 3.855 trabalhadores; a Indústria da Construção, com seis óbitos entre 6.908 trabalhadores; e o Comércio e Veículos, com cinco óbitos entre 24.782  trabalhadores.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Mulheres têm menos acidentes de traballho, mas estão mais sujeitas a doenças profissionais

Homens ou mulheres sofrem mais acidentes de trabalho? Em quais áreas o risco é maior? Você conhece alguma vítima?

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As mulheres têm menos acidentes de trabalho, mas estão mais sujeitas a doenças profissionais e à dificuldade do seu reconhecimento, revelam vários estudos que vão ser divulgados, esta quinta-feira e na sexta-feira na Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto.
Segundo estudos, mulheres estão mais sujeitas a doenças profissionais 
"Os homens são mais vítimas de acidentes de trabalho, mas as mulheres têm, pelo tipo de exposição a certos riscos, mais doenças profissionais. Os dados estatísticos nacionais e europeus mostram claramente esta diferença", adiantou à Lusa Marianne Lacomblez, professora daquela instituição e coordenadora do Seminário "Eles e Elas no emprego e no trabalho: questões de justiça e de saúde".

Em causa estão "lesões musculoesqueléticas" provocadas por "trabalhos repetitivos" e ainda "dificilmente reconhecidas pelas empresas", pelo que o objetivo do encontro na Faculdade de Psicologia é reunir profissionais de várias áreas em torno desta abordagem "pouco trabalhada e valorizada" da desigualdade de gênero, explicou a docente.

"O problema maior é que existe um estereótipo que diz que as mulheres têm trabalhos com menos arriscados. Não é verdade. Não são os mesmos riscos, mas também há riscos importantes no trabalho das mulheres. Isso vê-se também com as doenças", alertou Laurent Vogel, responsável pela investigação sobre temas de saúde laboral do Instituto Sindical Europeu